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Malafaia vincula apoio de evangélicos a Bolsonaro com aproximação a Israel

Para pastor, campanha favorável ao presidente eleito durante o pleito de 2018 ocorreu por promessa da mudança de embaixada a Jerusalém

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - O pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou neste domingo, 30, que o apoio eleitoral da comunidade evangélica ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, só ocorreu por causa do apoio a Israel.

A transferência da embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém, um gesto de reconhecimento de que a cidade sagrada é a capital do Estado de Israel, foi promessa de campanha de Bolsonaro. O assunto foi tratado em reunião com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que iniciou na sexta-feira a primeira visita de um chefe de governo israelense ao Brasil.

O pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

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"Jerusalém é a eterna e indivisível capital de Israel", disse Malafaia, ao chegar para um encontro de líderes religiosos cristãos com Netanyahu, no hotel em que o premiê está hospedado, no Rio. Segundo o pastor, não haveria apoio da comunidade evangélica a Bolsonaro sem a agenda pró-Israel. "Nosso apoio a Bolsonaro é resultado de ele apoiar Israel", afirmou Malafaia.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), abriu o encontro com Netanyahu. "Não tenho palavras para descrever o que Israel representa para nós. Rezemos pelo seu país todos os dias", afirmou Crivella, se dirigindo para o premiê israelense. O líder da Iurd e tio de Crivella, bispo Edir Macedo, anunciou apoio formal a Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

O cardeal-arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, também está no encontro. No discurso aos líderes cristãos, Netanyahu disse que Israel é o único país no Oriente Médio que é seguro para cristãos. "Não temos melhores amigos no mundo do que a comunidade evangélica. E a comunidade evangélica não tem melhor amigo do que Israel", afirmou o premiê.

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