Comentários Eleison: TORNANDO-SE CATÓLICO

Por Dom Williamson
Número DCCCLXXX (880) – 25 de maio de 2024

TORNANDO-SE CATÓLICO

Se alguma alma compreende a eternidade,
Que então tenha o Rosário sempre em mãos.

Um leitor destes “Comentários”, que obviamente não é católico, pergunta como tornar-se católico. Ora, essa é uma questão que provavelmente interesse não só a este leitor, mas também a outras pessoas. E que Deus Todo-Poderoso abençoe a todos esses leitores não católicos, porque é certamente uma graça d’Ele que os está levando a interessarem-se seriamente em unir-se à única e verdadeira Igreja que é d’Ele: a verdadeira Igreja Católica Romana. Aliás, hoje é preciso acrescentar o adjetivo “verdadeira”, porque está claro que o Concílio Vaticano II (1962-1965) produziu toda uma Igreja falsa destinada a levar as almas ao Inferno eterno em vez de ao Céu eterno. Isso certamente é algo que nos dias de hoje só complica a questão de como unir-se à verdadeira Igreja; mas se uma alma estiver honestamente buscando-a, Deus tem inúmeras maneiras de chegar a essa alma com toda a ajuda necessária, apesar de quaisquer obstáculos colocados no caminho d’Ele por homens equivocados ou delinquentes. Que tal alma confie em que Deus quer levá-la para o Céu, e Ele só precisa da cooperação contínua dessa mesma alma para ter sucesso.
Ser católico é chegar ao Céu, que é a bem-aventurança sobrenatural ininterrupta, intrinsecamente muito acima e além de todos os nossos poderes naturais humanos da mente e da vontade. A bem-aventurança consiste na visão sobrenatural de Deus tal como Ele é em Si mesmo, e não apenas como podemos vislumbrá-Lo a partir das Suas criaturas naturais que nos rodeiam na nossa breve vida nesta terra. A porta de entrada para esta bem-aventurança é o dom sobrenatural de Deus, a Fé, que está muito acima da nossa razão natural. Se eu recebo ou não de Deus este Seu dom, básico para a salvação eterna, depende inteiramente d’Ele, e não de mim. Por outro lado, há um velho ditado que diz que a quem faz tudo o que é da sua natureza fazer, Deus não nega a Sua graça (sobrenatural). Isto reflete bom senso, mas se deve ter cuidado, pois a Fé continua a ser, essencialmente, um dom gratuito de Deus. O que posso fazer, uma vez que me dou conta do quão indispensável para a salvação é o dom da Fé, é pôr todo o meu empenho em pedir-Lhe em oração que o conceda a mim. (É altamente recomendável que se reze o Rosário mesmo que ainda não se creia que a Bem-Aventurada Virgem Maria foi e é sempre a Mãe de Deus. Ela intervirá...)
Outra coisa que posso fazer é aplicar todas as minhas faculdades de raciocínio para examinar três grandes proposições que posso aceitar através do mero (mas correto!) raciocínio humano. Se eu fizer isso, elas podem definitivamente ajudar Deus a dar-me o dom da Fé, embora não possam, por si só, conceder-me o dom de Deus, que continua sendo o Seu dom gratuito. Como disse o pecador meio crente no Evangelho: “Senhor, eu creio! Ajudai-me em minha falta de fé!”. Ele pode não ter sido teólogo, mas estava falando de forma católica (Marcos IX, 24). Estas três proposições são: 1) Deus existe, 2) Jesus Cristo era e é Deus, e 3) A (verdadeira) Igreja Católica Romana foi instituída por Jesus Cristo.
1) Deus existe – o argumento mais óbvio de Suas criaturas (como do efeito à causa necessária) é o argumento do design inteligente. A inteligência é visível em toda a Sua criação, mas não pode vir das criaturas que não são em si mesmas inteligentes, como animais, vegetais, minerais. Apenas um exemplo: nenhuma aranha pisa nas partes pegajosas da sua própria teia! Somente as vítimas da aranha fazem isso.
2) Jesus Cristo era e é Deus – durante Sua vida na terra, Ele operou inúmeros milagres que somente Deus pode realizar, porque somente o Autor da Natureza pode interromper à vontade o curso normal da natureza. Assim, a ressurreição de Lázaro (ver João XI) foi um milagre estupendo realizado diretamente diante de uma multidão em grande parte hostil. E as relíquias de Nosso Senhor que revelam à ciência moderna vestígios de Seu DNA mostram evidências de Sua mãe humana, mas nenhuma de qualquer pai humano. Na verdade, Ele nasceu de Maria, mas foi concebido pelo Espírito Santo.
3) Jesus Cristo instituiu a (verdadeira) Igreja Católica Romana e nenhuma outra. A história da humanidade mostra que todas as outras denominações “cristãs” começaram séculos depois de Ele ter vivido na terra (1–33 DC). Quanto às religiões não cristãs, todas negam que Ele é Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Todas essas religiões não podem ser verdadeiras; e se, como o Vaticano II, alegam ainda que sejam caminho para o Céu, mentem novamente, pois não pode haver lugar para mentiras no verdadeiro Céu do verdadeiro Deus.
Se depois de trabalhar essas três verdades preliminares, uma alma continuar desejando tornar-se católica, então ela deve encontrar um padre católico para pedir para ser batizada, que é o modo normal de entrar na Igreja.
Kyrie eleison

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