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Três coisas que eu gostaria de dizer no Sínodo da Juventude - por Maestro Aurelio Porfiri

Talvez muitos não saibam disso, mas no passado participei de muitos sínodos do Vaticano.

Não, nunca fui um padre sinodal, mas fui o organista que acompanhou os padres sinodais durante a Hora Tércia. Nunca tive a oportunidade de intervir nesses encontros e, dado o que tenho escrito há alguns anos, acho que não serei convidado a fazer isso no futuro.

Agora que estou entrando na meia idade, tenho algo a dizer sobre o próximo Sínodo da Juventude - de fato, pelo menos três coisas. Como não posso me expressar durante o Sínodo, farei aqui.

1) Jovens, não absolutizem sua juventude. É uma passagem, um tempo de maturação para a idade adulta. Aqueles que elogiam a juventude em si são cínicos ou idosos. É por isso que não suporto "Missas juvenis". As missas são para todos, não apenas para um segmento do povo de Deus.

2) Jovens, lembrem-se de que o Papa lhes disse para ser protagonista de sua história. Não aceitem passivamente o que as narrativas dominantes fazem acreditar, inclusive aquelas que são frequentemente citadas em nossa Santa Madre Igreja. Peçam à Igreja que desafie o mundo, façam perguntas se necessário, que não se dissolva no abraço mortal do mundo.

3) Jovens, experimentem a Tradição. Não digo o "tradicionalismo", mas Tradição, os tesouros da arte, beleza, espiritualidade, oração e cultura que nossos pais nos transmitiram. Lembrem-se: aqueles que abraçam a Tradição, enxergam mais longe. Eu vejo como minha vida terrena se torna cada dia mais curta. Vocês são minha esperança, vocês são as pernas que irão dar continuidade ao que vocês e eu recebemos.

Fotografia: © Mazur/catholicnews.org.uk, CC BY-NC-SA, #newsXqepddornb