TAMANHO DO TEXTOA-A+ 01/03/2013 - POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE COM AGÊNCIA EFE EM PRAGA, YOANI SÁNCHEZ CRITICA BOICOTE SOFRIDO NO BRASIL A ATIVISTA POLÍTICA EXPLICOU QUE, POUCOS DIAS ANTES DE SUA CHEGADA AO BRASIL, O EMBAIXADOR CUBANO EM BRASÍLIA DISTRIBUIU UM DOSSIÊ CONTRA ELA
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YOANI PONDEROU QUE "A GRANDE MAIORIA" DAS PESSOAS COM AS QUAIS SE ENCONTROU NO BRASIL FOI SOLIDÁRIA A ELA (FOTO: AGÊNCIA EFE) A cubana Yoani Sánchez, uma das vozes mais midiáticas de seu país através do blog "geração Y" e do Twitter, denunciou nesta sexta-feira (1/3) em Praga, na República Tcheca, o boicote que sofreu em sua recente visita ao Brasil e que considerou de responsabilidade do governo de Havana. Em entrevista concedida à Agência Efe na capital tcheca, a ativista política explicou que, poucos dias antes de sua chegada ao Brasil, o embaixador cubano em Brasília distribuiu um dossiê contra ela, inclusive entre funcionários do PT. Segundo a blogueira, de 37 anos, "isso aqueceu os ânimos, porque muitos brasileiros sentiram que era uma intromissão nos assuntos internos" de seu país. O que Yoani classifica como "escândalo político" ficou manifestado, na sua opinião, pelo fato de que semanas antes de sair de Cuba, vários blogs governistas tinham dito que lhe dariam uma "resposta contundente" no exterior. SAIBA MAIS Yoani Sánchez é recebida com aplausos e protestos no Congresso Exibição de documentário com Yoani Sánchez é suspenso por manifestações Blogueira cubana é recebida com protestos no Brasil O Brasil era a primeira etapa de uma viagem de 80 dias que a levará a uma dezena de países da América e da Europa. No momento em que chegou a Recife, Yoani foi recebida por um grupo de críticos com cartazes contra ela. O mesmo grupo boicotou depois em São Paulo uma leitura e sessão de autógrafos de seu livro "De Cuba, com carinho", apresentado no Brasil já em 2009, embora sem sua presença, já que na época o regime não a deixava sair de Cuba. Mas Yoani ponderou que "a grande maioria" das pessoas com as quais se encontrou no Brasil foi solidária a ela. Em todo caso, a dissidente qualificou esses atos de protesto contra ela como "violação" de seu direito de expressão, "porque restringir a apresentação de um documentário e assinatura de um livro, é um ato, quando menos, de um fanatismo repressivo". Quanto à República Tcheca, Yoani reservou palavras de agradecimento pela "postura consequente" do governo de Praga por sua posição a favor dos direitos humanos em Cuba. A blogueira anunciou que "muito provavelmente" terá reuniões com membros do governo. A República Tcheca é a segunda escala desta viagem, que incluirá além disso México, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Suécia, Itália, Espanha, Peru e talvez a Argentina. Siga Época NEGÓCIOS nas redes sociais