Precedente perigoso: Vaticano quer Cecilia Marogna
O Vaticano não tem um acordo formal de extradição com a Itália. No entanto, o país permite extradições para Estados sem tratados, mas apenas se garantirem os direitos do suspeito. Aqui começam os problemas.
O Vaticano considera a ordem canônica como a primeira fonte de legislação, não tem separação de poderes, não aceita a Corte Internacional de Justiça e está aos caprichos do Papa.
Um exemplo: o Vaticano está conduzindo um julgamento de abuso contra um ex-seminarista. O julgamento nunca deveria ter começado, porque o suposto crime foi prescrito. No entanto, em julho de 2019 Francisco simplesmente escreveu um “rescriptum” cancelando o estatuto de limitações ad hoc, embora a irretroatividade da lei seja sagrada.
Os jornais aplaudiram Francisco, porém alguns lembraram que ele foi mais misericordioso com seu amigo Zanchetta.
Além disso, a extradição de Marogna abriria as portas para os dois lados. A Itália poderia pedir a prisão e extradição de alguns cardeais refugiados no Vaticano.
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