Gottlob
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Um Padre responde ao documento Preparatório para o Sínodo da Família de 2015: – “Vago, secular, ingênuo, sentimental, desencorajador”

Por James W. Jackson, FSSP – Rorate-Caeli | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com: Em resposta ao Lineamenta, o documento preparatório sobre o Sínodo da Família, apresentado ao reverendíssimo Padre Michael Pavlakovich, VF, a pedido do arcebispo de Denver:

1. No Prefácio, a vontade expressa é de “encontrar soluções concretas para as muitas dificuldades e inúmeros desafios que as famílias devem confrontar”. Eu sugiro que se deveria concentrar em uma ou duas dificuldades, e tentar resolver essas primeiramente.

Por exemplo, se a Igreja Universal resolvesse pôr um freio na coabitação de casais e fosse bem sucedida nessa tentativa, então muitos dos outros problemas iriam melhorar. Isso significaria um esforço conjunto, com pelo menos o Papa e os bispos trabalhando juntos. Mas, tentar resolver todos os problemas descritos na Relatio ao mesmo tempo não é ser realista.

2. A linguagem do pecado e da redenção está ausente dos documentos.
Em vez disso, nós fomos brindados com frases como “O desafio para a Igreja é assistir os casais em seu amadurecimento emocional e desenvolvimento afetivo.” Este é um exemplo de tentar substituir a Palavra de Deus e a Doutrina da Igreja por sociologia e psicologia e tais exemplos podem ser encontrados em todo o documento.

3. Muitas das afirmações são demasiado vagas para serem compreendidos.
Por exemplo, “… uma reflexão capaz de reformular as grandes questões sobre o sentido da existência humana pode ser uma resposta sensível às expectativas mais profundas da humanidade”. Eu não sei o que isso significa. E parece haver pouco no documento sobre a nossa obrigação de responder às expectativas do Senhor.

4. Ao longo do documento, há uma noção sentimentalista de misericórdia que pode ser muito enganadora.
Por exemplo, “Jesus olhou para os homens e mulheres que ele encontrou com amor e ternura… Ao proclamar as exigências do Reino de Deus”. Exceto quando Ele fez o contrário, pois as palavras que Ele usou para condenar os fariseus não eram mesmo palavras de ternura.

5. Parece que os redatores desses documentos fazem grandes rodeios para evitar falar sobre o pecado.
Por exemplo, “…a Igreja se volta com amor para aqueles que participam da vida eclesial de um modo incompleto… etc”. Se não há pecado, então não há necessidade de salvação. E é por isso, eu suponho, que a sentença continua com “… reconhecendo que a graça de Deus opera também em suas vidas, dando-lhes a coragem de fazer o bem, de cuidar uns dos outros e de ser útil para a comunidade em que vivem e trabalham”. Ora, não há salvação na “coragem de se fazer o bem, etc.”, já que os pagãos fazem o mesmo.

6. Não consigo encontrar nenhuma distinção entre metas a curto prazo e metas a longo prazo, ou mesmo uma menção ao desejo de se fixar tais metas.

7. No nº 32, havia um chamado à conversão missionária por todos na Igreja.

Mas, para que isso ocorra, é necessário que haja unidade doutrinária – uma unidade da fé – pelo menos entre o papa e os bispos. No documento não há nenhuma menção a isso.

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