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O discurso vazio de Roberto Aguiar

Julio Severo: “O discurso vazio de Roberto Aguiar” plus 1 more

O discurso vazio de Roberto Aguiar
Posted: 03 Mar 2013 01:00 AM PST

O discurso vazio de Roberto Aguiar
Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas...
Salmo 19: 12

Wanderley Dantas
Eu e minha esposa assistimos ao filme "O menino com pijama listrado". Um filme forte sobre um tema trágico: o assassinato em massa ocorrido durante a 2ª Segunda Guerra e que ficou conhecido como Holocausto. Logo no início do filme, é apresentada a frase de John Betjeman que vai justificar a trama daquela narrativa: "A infância é medida pelos sons, aromas e cenas, antes de surgir a hora sombria da razão".
Ainda nos primeiros minutos do filme, fomos surpreendidos pela cena em que o oficial nazista aparece no alto de uma escada e a câmera o focaliza de baixo para cima e, naquele momento, a orquestra passa a tocar um hino protestante, cujo título é "Altamente os céus proclamam", baseado no Salmo 19. Um hino austríaco de louvor e adoração em que lemos o seguinte verso de uma petição a Deus em português: "Esclarece as nossas mentes". Assim, o diretor conseguiu transmitir para nós o efeito do desconforto da cena: sim, a Igreja Luterana apoiou o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães!
O apoio da Igreja Luterana e de outros cristãos protestantes ao regime nazista é uma questão historicamente indiscutível. Foram pessoas que se colocaram a serviço do Estado, porque julgavam que a obediência, a submissão incondicional ao partido é um exemplo cristão a ser defendido. Na história do cristianismo, vemos muitos exemplos de uma promíscua cristandade subjugada ao Leviatã — este monstro contrário a tudo aquilo que se chama Deus.
Cristãos serviram aos regimes totalitários comunistas, defenderam teologias marxistas e divulgaram teologias pagãs em suas igrejas. Enfim, paira sobre a cristandade a vergonha do sangue de inocentes derramado pelo Estado com o apoio de cristãos e esse sangue não é o do Cordeiro de Deus.

Dietrich Bonhoeffer
Todavia, em meio a hipocrisia de tantos que possuíam um discurso contraditório com suas vidas, aprouve ao Senhor levantar irmãos que se puseram contra o Estado, uma vez que uma igreja adormecida ou vendida ao mundo e sua filosofia não o fazia. Homens como o teólogo pastor alemão, Dietrich Bonhoeffer, que participou de um complô para assassinar Hitler.
Bonhoeffer é um exemplo, mas não é o único, daquilo que podemos chamar de ativista cristão, embora pessoas como ele sejam condenadas por Roberto Aguiar em seu artigo "O ativismo vazio de Julio Severo", publicado por um blog calvinista (aqui).
Roberto Aguiar começa seu infeliz texto com algumas definições sobre o que seria o ativismo para, logo depois, dizer que na Palavra de Deus não existe nem mesmo espaço para que o cristão seja um ativista, nem mesmo usando usando os meios legais e eleitorais que a própria democracia oferece. Veja a definição exposta por ele em seu artigo:
"Usualmente, ativismo pode ser entendido como militância ou ação continuada com vistas a uma mudança social ou política, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou violentos, que incluem tanto a defesa, propagação e manifestação pública de idéias até a afronta aberta à Lei, chegando inclusive à prática de terrorismo. Dentro do enquadramento legal e eleitoral das democracias representativas, toma habitualmente a forma de atividade político-social — remessa de cartas, organização ou participação em reuniões, emissão de textos, entrevistas à imprensa e a dirigentes políticos em prol da postura de preferência; promover ou simplesmente seguir certos comportamentos que estão delineados ou que se estima que contribuam para a causa — tal como o boicote de certos produtos de consumo (ou a recomendação de outros), nas compras individuais ou de grupo; ou ainda a realização de manifestações públicas organizadas, tais como marchas, recrutamento de simpatizantes, coletas de assinaturas em apoio a manifestos favoráveis à causa ou contra algo que prejudique a causa. O ativismo pode também assumir a forma de protesto passivo, de greve, de desobediência civil ou de franca militância ativa, como é o caso da invasão de terrenos ou propriedades, motins e, em caso extremo, o terrorismo e a guerra civil" (grifo meu).
Antes de começar sua exegese anacrônica, ele declara que estamos vivendo "o princípio das dores", tempo de enorme confusão em que a própria igreja absorveu o mundo e seus princípios e que o exemplo dessa nova igreja mundana seria Julio Severo, chegando a concluir que Julio Severo "advoga em causa própria". Ora, o que é advogar em causa própria? É defender uma ideia ou prática que você mesmo adota a fim de que seja aceita por todos como algo legal.
Seria isso o que Julio faz quando ataca a bandeira do gayzismo? Seria isso que ele faz quando expõe os crimes da pedofilia e do aborto? Esta acusação de Roberto Aguiar é tão confusa quanto a construção do seu primeiro parágrafo. Não é coincidência, então, que realmente não façam o menor sentido as suas palavras. Porém, o texto seguirá com outras incongruências. Vejamos.
Como o autor do texto mesmo diz, ele parte da seguinte premissa: não existe algo como "ativismo cristão" na Bíblia. Bem, nem precisa demorar muito para perceber que Roberto Aguiar foi traído pelas próprias palavras a partir da definição que ele mesmo deu do que é ativismo. Ora, segundo ele mesmo trouxe, um dos ambientes para que o ativismo ocorra é a democracia (veja meu grifo), que, obviamente, não está ali no texto bíblico.
Será que ninguém disse ao Roberto por que que não estaria na Bíblia algo como um governo democrático? Então, ele já construiu a sua premissa sobre uma falácia. Em outras palavras, se, segundo a própria definição que ele trouxe, um dos ambientes para o ativismo é o Estado Democrático de Direito e na Bíblia não existe este ambiente, então, obviamente ele não vai achar ativismo dentro dela! O nome desse tipo de erro exegético é anacronismo. É a mesma coisa que concluir que não podemos votar, eleger deputados e senadores porque não tem isso na Bíblia.
A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, então, se não há voto direto e secreto para presidente, não podemos exercer esse direito que a democracia nos oferece. Ora, se a premissa que vai sustentar todo o restante do texto dele já é um erro histórico e exegético, logo... Entretanto, há outras ideias tão infelizes que não posso me furtar de expô-las aqui como exemplos de uma má argumentação e como aviso aos meus irmãos cristãos. Sigamos.
Roberto Aguiar se contradiz quando afirma que, na palavra de Deus, religião e estado não se misturam. Isto não é verdade, mas, lá na frente, ele mesmo vai citar o Antigo Testamento e as teocracias que sempre existiram no texto bíblico, então, já que ele não viu, vamos fingir que também não percebemos o lapso do autor. Ele vai trazer aquela passagem do imposto (se é justo ou não pagar) para provar que há separação entre o Estado e a Religião.
O problema desse argumento é: o que é que isso tem a ver com o ativismo de Julio Severo? Julio Severo anda pregando que o povo de Deus deva parar de pagar impostos (embora, como cidadão, ele até tenha direito de defender essa ideia)? O Julio Severo deixou de pagar os seus próprios impostos ou obriga alguém a fazer o mesmo? Ora, porque se isso acontecer, então não é "ativismo" no sentido que o Roberto definiu no início do seu texto, mas crime.
O que Julio tem feito é exercer o seu direito democrático de cobrar do Estado que os nossos impostos sejam mais bem aplicados. Qual o problema disso? Ah, claro! Não está na Bíblia... Então, já que a Bíblia não fala sobre exigir que o Estado defenda o cidadão de bem, deixemos que continuem gastando nosso dinheiro com troca de sexo para travesti no SUS, enquanto tantos outros morrem na fila por falta de recursos mínimos para a saúde pública. É realmente a melhor interpretação do "dai a César o que é de César"...
Aliás, Aguiar usa o mesmo texto para dizer que está "implícito" que o que Jesus queria ensinar era a "obediência ao estado incondicional"! Roberto! Pode escrever IMPLÍCITO em letras bem garrafais, porque usar esse texto sobre imposto para convencer que devemos obediência incondicional ao estado só pode ser a mesma exegese feita pelo pastor nazista Walter Hoff, que disse:
"Em todos os tempos, os homens de Deus tanto da bíblia, como fora dela, foram exímios cumpridores da lei, submissos a toda autoridade legalmente constituída ou não, jamais sendo suas vozes ouvidas em um tom de contestação".

Rev. Walter Hoff, pastor nazista
Roberto, em qual escola você andou estudando história? E os mártires que morreram nas covas dos leões, confrontando César e dizendo que só há um Senhor? O próprio Calvino, que pregava que não devemos acatar um Estado que governa com injustiça e incompetência, mostra que não há essa tal "obediência incondicional" e que o cristão deve buscar os meios de resistir à tirania:
"Se existirem [magistrados do povo estabelecidos], não é parte de minhas intenções proibi-los de agir em conformidade com seu dever de resistir à licenciosidade e ao furor dos reis; ao contrário, se eles forem coniventes com a violência desenfreada [dos reis] e suas ofensas contra as pessoas pobres em geral, direi que uma tal negligência constituiu uma infame traição de seu juramento. Eles estão traindo o povo e lesando-o daquela liberdade cuja defesa sabem ter-lhes ordenada por Deus".
Veja que Calvino apela para que a sociedade tenha mecanismo de defesa contra a licenciosidade e o furor dos reis (veja que o contexto aqui não é de perseguição religiosa de um Estado contra o cristão). E até mesmo, mostra Calvino, que tais representantes do povo deveriam "deitar insígnias" (passar o machado nestes reis e príncipes abusivos). E quais os meios legais que temos hoje para resistir a um Estado que se coloca frontalmente contra os valores do Evangelho? A justiça e os meios de livre expressão de pensamento (estes, inclusive, garantidos por lei). É algo diferente disso o que Julio Severo está fazendo?

João Calvino
Mas Calvino também exige que a Igreja (e não apenas a sociedade leiga) cobre do Rei e dos Príncipes que esses sejam bons administradores dos bens concedidos por Deus. Para Calvino, a Igreja deve julgar o Estado e exigir que esse saiba resolver bem as questões de desigualdade social e exploração.
Mas posso citar muitos outros exemplos que, quando necessário, cristãos assumiram a responsabilidade da desobediência civil.
Quantos cristãos resistiram ao regime da escravidão?
Quantos cristãos desobedeceram às leis injustas de um Governo legitimamente estabelecido, mas que perseguia e oprimia ao próximo?
Quantos pastores se submeterão à lei defendida pela Marta Suplicy que confinou a pregação de temas contra o homossexualismo às dependências internas dos templos?
Quantos pais cristãos ficarão submissos ao Estado quando esse acusar seus filhos de homofóbicos, porque terão aprendido dentro de suas casas a Palavra de Deus?
Quantos abaixarão suas cabeças subservicientemente ao Estado, quando esse tiver legalizado a maconha, o aborto em todas as suas situações e não pudermos mais pregar sobre o pecado, a justiça e o juízo?
Sim! Para Calvino, o Estado e a Igreja eram coisas separadas, mas tinham uma mesma origem: Deus. Ambos, portanto, deveriam servir para a glória daquele de quem provém toda autoridade.
Além de Calvino, poderia citar também Lutero e muitos outros, mas faço questão aqui de lembrar do nome de Francis Schaeffer, que escreveu um livro maravilhoso sobre o papel do ativismo cristão, chamado "Manifesto Cristão".

O problema, segundo a argumentação de Roberto Aguiar, é que nenhum destes exemplos de ativismo de cristãos notórios que há e houve na história estão na Bíblia — nossa única regra de fé e prática... Isto apenas revela a maneira tacanha com que muitos entendem a doutrina da Sola Scriptura.
Continuemos. Primeiro, Aguiar disse que religião e estado não se misturavam. Depois, voltou atrás e citou todos os exemplos bíblicos de resistência ao Estado, mas os invalidou porque eram estados teocráticos e religiosos (!), então, conclui o autor, não vale porque o que os profetas faziam eram discursos religiosos contra tais Estados. Mais uma triste exegese que procura usar o texto bíblico para provar uma tese como verdadeira custe o que custar.
Ora, qual Estado na Bíblia não era religioso? Desde o Egito, passando pela Assíria e Babilônia, até Roma (inclusive Israel) misturaram religião e estado! Por que será, então, que Roberto Aguiar não consegue achar exemplos de resistência que não sejam porta-vozes de algum discurso religioso?!
Daí, segundo o autor, nenhum dos exemplos bíblicos vale, porque eram discursos religiosos a Estados religiosos (mas sabemos todos, menos o Roberto Aguiar, que em Estados religiosos até a legislação política é religiosa).
Essa exegese de Aguiar é um exemplo infeliz de pessoas que usam e abusam do que a Bíblia não fala para provarem o que ela não prova pelo simples fato de que não existia ali nada igual ao que é hoje.
Se seguirmos as falácias exegéticas de Roberto Aguiar teremos que ser contra tudo aquilo que não existia nos tempos bíblicos.
O próprio argumento de Roberto Aguiar pode ser usado contra aquilo que ele mesmo tenta defender: "Mas quando é levando pelas circunstâncias a um confronto com o estado, Jesus silencia", ele cita, mas aí não vale, Roberto, porque Jesus se cala diante de um Estado Religioso e, segundo o seu argumento, ainda que Jesus tivesse apresentado qualquer traço de resistência contra Pilatos, seria mais um discurso religioso. Aliás, o próprio Jesus perdeu uma oportunidade maravilhosa de apresentar a Pilatos a mensagem da salvação. Será que Jesus não teria nada a dizer a Pilatos sobre a salvação da alma dele?
Ou, seguindo a tosca exegese de Roberto Aguiar, deveríamos tão somente imitar a atitude de Jesus e quando estivéssemos diante de autoridades, ficarmos também calados?... Mas Jesus NÃO ficou calado diante de Pilatos! Novamente, Aguiar escolhe os textos que defendem sua tese e esconde os que a contrariam.
Todos os quatro evangelhos registram uma resposta enigmática de Jesus a Pilatos: "Tu o sabes". E o evangelista João mostra que houve um surpreendente diálogo entre Jesus e Pilatos, no qual Jesus afirma claramente que veio para ser Rei, embora de um reino que não fosse desse mundo. Então, um reino que estava acima, para além, maior do que o judeu e o romano.
O pior ainda está por vir. Segundo o entendimento de Roberto Aguiar, as leis morais não deveriam existir em nossa constituição, porque "querer obrigar o mundo, insubmisso a Deus por vontade própria, a seguir os conceitos de Deus que Ele exige apenas de pessoas regeneradas, é ser ignorante quanto à mensagem do Cristo e uma agressão ao livre arbítrio ofertado por Deus aos homens". Aqui, Roberto Aguiar pega o segundo capítulo da carta de Paulo aos Romanos e o lança como se fosse refugo, mas não é exatamente ali que Paulo fala da lei que o próprio Deus escreveu na consciência e no coração dos gentios e que, por essa lei, eles serão julgados (Rm 2: 14-15)? Pior, Roberto Aguiar apela ao conceito do livre-arbítrio como se esse fosse poderoso para deter Deus, enquanto o que a Bíblia ensina é que nós é que somos escravos do pecado, por isso totalmente fracos e incapazes de cumprir a lei ofertada por Deus às nossas consciências.
Para Paulo, ao contrário do que Aguiar acredita, Deus impôs sobre todo ser humano a sua lei e esta amaldiçoa a todos nós! E, exatamente por isso, que Estados que tiveram homens cristãos na confecção de suas Constituições veem a lei de Deus servir como base e parâmetro de suas Cartas Magnas.
Roberto Aguiar é incapaz de saber pela sua exegese (ao contrário de João Calvino) que Julio Severo recebeu da Bíblia a incumbência de ser porta voz, fiscalizador, crítico de um Estado que, ainda que pagão, deverá ser um instrumento para a glória de Deus.
Enfim, como era de se esperar, uma vez que nenhum dos argumentos de Roberto Aguiar podem ser levados a sério, ele passa a atacar a pessoa do Julio, dizendo que ele está na carne de Adão, suas palavras refletem apenas um ego que precisa desesperadamente aparecer e que Julio quer é um lugar ao sol e precisa ter é uma bandeira para se motivar. Creio que a melhor maneira de se responder a isso é que eu sei quem é o Julio Severo há muitos e muitos anos, conheço seu trabalho e sua luta, mas quem é Roberto Aguiar?
Preciso terminar este texto dizendo que o Roberto chega mesmo a dizer que de alguma maneira inexplicável Julio coage os irmão a sustentarem seu ministério. Um ministério covarde, porque, segundo o autor, Julio teria fugido de uma perseguição que estaria sofrendo no Brasil. Julio teria "pensado com as pernas", usando as palavras do Roberto. Digo, pois, que o apóstolo Paulo teria "pensado com o cesto" quando também se viu escapando escondido de seus acusadores.
Enfim, cabe dizer ao Roberto que os tais missionários de verdade, aqueles que estão sendo perseguidos hoje pela causa do evangelho, seguindo o argumento apresentado por ele mesmo em seu texto, nenhum desses missionários pode ser apresentado como exemplo, porque a imensa maioria deles estão resistindo a Estados religiosos e representantes eclesiásticos de algum grupo religioso que possui autoridade para caçar, prender e até matar. É o caso do Islã no Oriente Médio e na África, é o caso das pequenas comunidades religiosas cujos governos são montados a partir de líderes espirituais, como, por exemplo, ocorre na Índia; além disso, a nossa resistência é sempre religiosa e o Estado humanista e ateu que vem contra nós é também uma nova religião escondida sob o falso discurso da laicidade.
Do mesmo modo, o marxismo sempre teve como objetivo substituir a crença das pessoas em Deus pelo deus-estado. A própria revolução cultural que se instaura em nosso país e no mundo ocidental é um exemplo de uma guerra religiosa, porque as crenças religiosas são parte fundamental e orientadora das cosmovisões contra as quais hoje o cristianismo deve se opôr.
Evidentemente, nada do que eu disse aqui é do conhecimento do Roberto Aguiar, assim como não era do conhecimento dos cristãos que apoiaram o regime nazista alemão e que apoiam um partido político, o PT, fingindo desconhecer que ele seja corrupto, marxista e pró-aborto.
Volto, então, ao filme com o qual comecei este texto. Lembro daqueles cristãos que pensavam estar fazendo um bem a Deus se submetendo a um estado demoníaco.
Penso, também, em tantos cristãos como Roberto Aguiar que perdem um tempo enorme de suas vidas criticando com uma retórica vazia alguém que está fazendo a sua parte, enquanto tantos outros cristãos se omitem ou já se venderam ao Leviatã.
Mais uma vez, lembro daquela cena em que do alto da escada aparece o oficial nazista e um hino cristão é tocado. O oficial nazista desce cada degrau com seus passos imponentes e cheios de glória — a glória estampada em seu impecável uniforme — uma glória usurpada, porque o hino deveria ser de louvor e adoração a Deus e não ao Estado. Espero que possamos voltar a nos incomodar, chamando o mal de mal e o bem de bem e que retumbe em nossos ouvidos a petição daquele hino a Deus: "Esclarece as nossas mentes"!
Fonte: O Seringueiro
Divulgação:www.juliosevero.com
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Sobre as terapias reparativas
Posted: 02 Mar 2013 08:51 AM PST

Sobre as terapias reparativas
Luciano Garrido
Muito do que se diz contra a chamada "terapia reparativa", aquela em que homossexuais buscam apoio especializado para largar a atração pelo mesmo sexo, não passa de puro preconceito. Não existindo consenso científico sobre as prováveis causas do homossexualismo, quem quer que declare a priori a impossibilidade de uma reorientação das tendências sexuais estará emitindo apenas um palpite – e, na verdade, um palpite contra todos os indícios.
Não são poucos os casos de gays e travestis que, abandonando suas práticas homossexuais, passaram a viver uma heterossexualidade plena e ajustada dentro de uma família estável. Mesmo que se alegue que tais mudanças, em grande parte, ocorreram no contexto de uma crença religiosa, com o apoio espiritual de sacerdotes ou pastores, eis aí um dado de realidade com o qual os estudiosos do comportamento humano precisam se haver. Varrer fatos para debaixo do tapete, definitivamente, não é uma fórmula de sucesso para pesquisadores sérios.

Joide Miranda: antes, na homossexualidade; hoje, um homem normal
Deixando de lado as hipóteses de intervenção miraculosa pelo poder da fé, que não costumam ser bem aceitas no meio intelectual e acadêmico, o que se espera dos psicólogos é que elaborem explicações científicas para as mudanças de orientação sexual relatadas, ao invés tentarem reduzir o debate a um plano político e ideológico, como fazem alguns pseudo-psicólogos do Conselho Federal de Psicologia. Se a ignorância não é uma boa conselheira na tomada de posição sobre certo assunto, tampouco o são os preconceitos ideológicos. Preconceitos por preconceitos, cada qual que fique com o seu.
Levantar suspeitas sobre a eficácia das terapias que propõem a reversão de tendências homossexuais tem sido também um recurso bastante usual entre ativistas. Embora eu não acredite que seja esse o caso das terapias reparativas, é preciso reconhecer que, quando o assunto é eficácia, muitas são as abordagens psicoterápicas passíveis de questionamento, sem que isso, porém, tenha justificado a adoção de medidas drásticas. Um bom profissional sabe que nem todo método terapêutico obtém resultado satisfatório para todos os clientes e (ou) para todos os tipos de queixa. Portanto, se é verdade que um psicólogo não pode prometer mudança total e definitiva na orientação sexual de ninguém, isso se aplica igualmente a toda e qualquer demanda que lhe chega ao consultório. E aqui cabe um esclarecimento.
Diferentemente da medicina, em que o indivíduo, como regra, se submete de maneira passiva ao tratamento prescrito (daí chamar-se "paciente"), a psicoterapia requer, além do mero consentimento, uma atitude inteiramente pró-ativa por parte do cliente. Sem um ato de vontade que implique, entre outras coisas, esforço, disponibilidade, colaboração e perseverança, e mais: sem atributos cognitivos que proporcionem uma capacidade mínima de elaboração e autopercepção, torna-se praticamente impossível estabelecer um processo terapêutico que atinja resultados tangíveis para o cliente. Por tudo isso, os psicólogos não podem prometer, sob hipótese alguma, cura de psicopatologias ou transformações espetaculares da personalidade. Quando muito, é possível alimentar certas expectativas, e isso é tudo.
Apesar das terapias reparativas serem práticas clínicas relativamente novas, seus fundamentos teóricos estão assentados sobre uma longa tradição de base analítica. O próprio método psicanalítico do dr. Freud, que é considerado a matriz de quase todas as técnicas psicoterápicas que lhe sucederam, foi concebido teoricamente a partir de uma prática clínica inovadora e experimental, à margem dos centros acadêmicos de pesquisa, e cujo desenvolvimento se deu de forma bem paulatina, partindo da hipnose clássica até o atual método da associação-livre.
Portanto, não existem na praça psicoterapias que tenham surgido já prontas e acabadas. Aliás, no decurso evolutivo do que chamamos de Psicologia Clínica, inúmeras foram as tentativas frustradas e diversos os erros cometidos. Não obstante, sempre existiu por parte dos profissionais pioneiros a convicção de que todo esforço empreendido para tornar a existência humana menos sofrida e desajustada deve ser acalentado, desde que não se perca de vista o respeito à integridade física e moral do ser humano.
Sendo assim, para que uma prática terapêutica seja considerada eticamente condenável, é preciso atender pelo menos uma das três condições a seguir: (i) ausência completa de fundamentação teórica, (ii) utilização de métodos e técnicas que atentam contra a dignidade humana e (iii) incidência de efeitos iatrogênicos estatisticamente relevantes. Até o momento, não há qualquer estudo sério que, sob tais aspectos, invalide as terapias reparativas. O que há, sim, é muita pressão política, terrorismo intelectual, intimidação e cerceamento de liberdades.
É comum entre os ativistas gays a alegação de que as terapias para reorientação sexual violam direitos humanos, uma vez que, segundo eles, reduziriam a autoestima dos homossexuais e contribuiriam para sua estigmatização social. Mas, se esse argumento for levado realmente a sério, nada mais poderá ser tratado pelos psicólogos clínicos. O tratamento da fobia estigmatizaria o fóbico, o tratamento da timidez, o tímido, da ansiedade, o ansioso, da obesidade, o obeso, da depressão, o deprimido, do autismo, o autista, e por ai vai, até que todos os consultórios fossem fechados e restasse apenas o Conselho Federal de Psicologia lá em Brasília, fazendo da política a sua razão de ser.
Na verdade, por trás das opiniões contrárias às terapias reparativas há um equívoco bastante difundido, que é o de considerar a homossexualidade como um fenômeno único, de características uniformes, a partir das quais seriam possíveis as generalizações. O que se observa no mundo real, entretanto, é uma multiplicidade de formas de sentir, entender e manifestar a homossexualidade, e não raras vezes ela está atrelada a uma constelação de traumas psíquicos e conflitos emocionais cuja origem remonta a fases primitivas do desenvolvimento. Estamos falando de uma homossexualidade neurótica em que a atração pelo mesmo sexo, em última análise, revela-se como um dos sintomas de desordens variadas na identidade de gênero.
Bem sei que esse aspecto multifacetado da homossexualidade tem sido sistematicamente omitido pelos propagandistas do movimento gay. Eles já perceberam que a melhor maneira de reunir pessoas em torno de uma bandeira política é forjando-lhes uma identidade fictícia, mesmo que em sacrifício da diversidade que tanto pregam.
Fonte: Mídia Sem Máscara
Divulgação:www.juliosevero.com
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
O Ativismo Vazio de JULIO SEVERO
“O genuíno ativismo cristão deve combater toda agenda maligna”
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Ativismo Vazio de JULIO SEVERO

“O genuíno ativismo cristão deve combater toda agenda maligna”

Julio severo

Ativismo:

“Usualmente, ativismo pode ser entendido como militância ou ação continuada com vistas a uma mudança social ou política, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou violentos, que incluem tanto a defesa, propagação e manifestação pública de idéias até a afronta aberta à Lei, chegando inclusive à prática de terrorismo. Dentro do enquadramento legal e eleitoral das democracias representativas, toma habitualmente a forma de atividade político-social – remessa de cartas, organização ou participação em reuniões, emissão de textos, entrevistas à imprensa e a dirigentes políticos em prol da postura de preferência; promover ou simplesmente seguir certos comportamentos que estão delineados ou que se estima que contribuam para a causa — tal como o boicote de certos produtos de consumo (ou a recomendação de outros), nas compras individuais ou de grupo; ou ainda a realização de manifestações públicas organizadas, tais como marchas, recrutamento de simpatizantes, coletas de assinaturas em apoio a manifestos favoráveis à causa ou contra algo que prejudique a causa. O ativismo pode também assumir a forma de protesto passivo, de greve, de desobediência civil ou de franca militância ativa, como é o caso da invasão de terrenos ou propriedades, motins e, em caso extremo, o terrorismo e a guerra civil”.

A verdade é que estamos vivemos um período profetizado na palavra de Deus como “o princípio das dores”, período mais conturbado na história da humanidade segundo as palavras de Jesus. A confusão generalizada se estabeleceu na vida da humanidade a ponto de empalidecer até os moradores do próprio mundo, aqueles que ainda não fazem parte do rebanho do Senhor. Mas o que nos deixa mais incomodados é que essa turbulência ultrapassou as fronteiras da igreja, se instalando entre os santos do século XXI. Os fundamentos que nortearam a igreja de Jesus por 2 séculos estão ruindo, tornando muito mais difícil ao adorador moderno se manter dentro dos limites verdadeiros da fé genuína conforme expressa nas escrituras. O mundo que outrora era inimigo dos crentes, agora foi absorvido pela “nova” igreja que emerge nesses tempos finais, e seus princípios, anteriormente rejeitados, agora servem para nortear a fé de milhões.

Assim acontece com Júlio Severo. Num olhar de relance, parece que sua “causa” é a causa de Cristo, mas num segundo momento, quando nos demoramos um pouco mais, encontramos lá no fundo detrás de uma série artefatos supostamente espirituais, a velha carne de Adão, que apesar de seus mais altos clamores, advoga apenas em causa própria. Não existe, nem nunca existiu algo parecido com “ativismo cristão” na palavra de Deus; a única regra comportamental autorizada para aqueles que insistem em se autodenominar cristãos. Partindo dessa premissa, todo ativismo cristão é falso ou não é cristão no sentido intrínseco da palavra. E por que é falso? Porque na palavra de Deus, religião e estado não se misturam. Essa verdade ficou exposta na famosa resposta de Jesus a um questionamento sobre se seria justo ou não pagar impostos,

“E, chegando eles, disseram-lhe: Mestre sabemos que és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade ensinas o caminho de Deus; é lícito dar o tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos? E eles lha trouxeram. E disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? E eles lhe disseram: De César. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele”. Mar 12:14,16,17.

Nessa passagem está implícita a obediência ao estado incondicional, não importando que o imposto seja justo ou não. Em todos os tempos os homens de Deus tanto da bíblia, como fora dela, foram exímios cumpridores da lei submissos a toda autoridade legalmente constituída ou não, jamais sendo suas vozes ouvidas em um tom de contestação. Os exemplos são muitos. Davi por exemplo, mesmo sendo preferido por Deus em lugar de Saul, jamais cogitou usurpar o trono, se entregando nas mãos de Deus esperando que Este criasse o espaço necessário para sua coroação. Moisés foi outro exemplo de submissão a injustiça do estado. Mesmo sabendo que a vontade de Deus era contrária ao do faraó, não insuflou o seu povo a insurreição, mas confiou que Deus faria o necessário para colocar as coisas em ordem se assim desejasse.

Esses equivocados seguidores de si mesmos, que desejam arregimentar o povo eleito para exigir do estado seus possíveis direitos, costumam usar distorcidamente passagens que mostram os profetas se contrapondo aos soberanos como fundamento de suas causas, a exemplo de João Batista. Esse tipo de raciocínio demonstra como é rasa a lógica desses revolucionários tupiniquins, que posam de “ativistas de Deus” como se isso fosse um dom outorgado pelo altíssimo. Quando na bíblia os profetas enfrentavam o estado Israelita, o faziam na lógica de que se tratava de um estado religioso, criado por Deus, chamado para ser a voz de Deus na terra.

O estado de Israel tinha uma proposta tão diferente das demais nações que De acordo com o texto bíblico, com o envelhecimento do último juiz Samuel, as tribos israelitas uniram-se para pedir um rei que pudesse guiá-los como havia nas outras nações. Apesar da oposição por parte de Samuel à proposta (já que Deus deveria ser o “Único Rei” de Israel),

“E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.” I Sam 8:5,6,7

Analisando o contexto de João Batista, se vê claramente que seu exemplo também não serve como fundamento para interferência dos crentes no estado. Perceba que todas as críticas do profeta se limitam a Herodes, o representante espiritual do estado de Israel, que estava obrigado a ser um exemplo de obediência a Deus na terra. Agora procure uma única fala de João Batista contra Roma ou César? Será que a ausência de sua voz contra César seria conseqüência do governo justo de César? Claro que não, João sabia que o interesse de sua vida limitava-se a vontade de Deus, e Essa não incluía a reforma política e ética da sociedade que o cercava.

Com Jesus, o exemplo máximo, encontramos a mesma coerência encontrada em seus antecessores. Para com os religiosos que fingiam servir ao Todo Poderoso, criticas duríssimas que chegam até nos causar constrangimento. Neste caso também, encontramos Jesus incitando aos seus seguidores a agirem em conjunto contra os falsos ensinamentos dos líderes religiosos.

“Ajuntando-se, entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” Luc 12:1

Mas quando é levando pelas circunstâncias a um confronto com o estado, Jesus silencia.

“E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti. Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava”. Marc 15:4,5

As únicas ordenanças que encontramos na bíblia que claramente nos liberam para enfrentar-mós o estado são nas ocasiões em que o estado nos impeça de obedecer pessoalmente ao nosso Deus. Temos esse exemplo em Daniel e seus amigos. Mesmo correndo risco de vida, somos exortados a enfrentar o mundo inteiro se preciso for, mas jamais aceitar interferência na nossa conduta pessoal de fé. O sangue de nossos irmãos mártires de ontem e de hoje são testemunhas da forma correta de como se comporta a fé verdadeira nessas situações. Nesses casos, os que se recusam a pagar o preço de se ir contra o estado por Cristo, terminam por naufragar na fé por negá-la.

Alguns profetas se dirigiram a nações que não pertenciam a Deus, como no caso de Jonas em Nínive. Este exemplo também não serve de alicerce aos ativistas de plantão, pois a mensagem de Jonas era totalmente de cunho religioso, palavra de arrependimento e conversão, inexistindo qualquer traço sobre legislação política.

A mensagem de Cristo para a humanidade é um “chamado para fora” do mundo para se agrupar numa (Eclésia = igreja), que deve manter um comportamento (santo= separado) do sistema mundano. Somos apenas autorizados a imitar o comportamento de Cristo conforme expresso nas escrituras. Qualquer variação no modelo a ser seguido se constitui um estorvo, agindo como “laço” para quem o aceita. Querer obrigar o mundo, insubmisso a Deus por vontade própria, a seguir os conceitos de Deus que Ele exige apenas de pessoas regeneradas, é ser ignorante quanto à mensagem do Cristo e uma agressão ao livre arbítrio ofertado por Deus aos homens. Não é a toa que esse tipo de comportamento atrai a zombaria e o escárnio dos intelectuais do mundo, neste caso, cobertos pela razão.

Para mim, é estranho saber que um indivíduo que se diz seguidor de Cristo, se interesse em ensinar um governante a legislar, e em contra partida, não tem nenhuma mensagem de salvação a alma desses legisladores. Tudo bem entendo que se não recebemos tal mensagem não podemos entregá-la. Mas então de quem esse “porta voz” da política celestial recebeu essa incumbência? De Deus é que não foi! Por que Deus jamais manifestou esse tipo de mensagem. Eu vou dizer de onde saiu esse tipo de mensagem, essa mensagem saiu dos porões do ego humano que precisa desesperadamente aparecer, precisa de atenção para poder conseguir “um lugar ao sol”, precisa de uma “bandeira” para se motivar.

No caso de Júlio Severo o engodo é ainda maior, porque além de instigar os irmãos a irem na direção contrária, transformou isso em meio de vida, às custas de uma porção de tolos irmãos que o sustentam pesando estes estarem financiando o evangelho de Cristo. Se passando por apóstolo perseguido, Júlio Severo saiu do país financiado por esse falido “movimento ativista evangélico”, é o que se lê em sua entrevista a revista Cristianismo Hoje.

“Precisei sair do país depois que procuradores, numa atitude abusiva, intimaram um amigo meu a revelar minha localização”.

Que diferença da coragem dos irmãos mártires! Não foi intimado pessoalmente por ninguém, entretanto já raciocinou com as pernas.

Cristianismo Hoje: O senhor diz que saiu com sua mulher e dois filhos. Qual tem sido sua atividade aí e de onde vem seu sustento?

Júlio Severo: Minha atividade aqui é exatamente a mesma atividade que Deus me deu no Brasil: alertar, informar, conscientizar, através do meu blog. Não vou abandonar minhas responsabilidades para com o Brasil. Meu sustento atual está vindo da colaboração voluntária dos leitores e admiradores do meu blog.

O que o evangelho diz?

“Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. “2Te 3:10

Cristianismo Hoje: Onde o senhor está atualmente? Há quanto tempo o senhor está neste local? Por que a opção por este local?

Júlio Severo: O lugar em que estou foi escolha de um evangélico que escutou um apelo em favor de mim. Esse apelo foi feito pelo filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, através de seu programa de rádio na internet. Depois de ouvir o apelo, ele se mobilizou para ajudar.

Cristianismo Hoje: Quando o senhor pretende voltar ao Brasil? Sua volta depende de quê?

Júlio Severo: O Brasil está descaradamente caminhando para uma ditadura cultural e legal pró-homossexualismo e pró outras perversões, inclusive o sacrifício de crianças com amparo estatal. Que chances tenho eu de prosseguir meu trabalho sem sofrer muitas outras ameaças?

“Antes que fechassem o cerco, tomei a iniciativa de proteger minha família e meu trabalho, pois posso continuar alertando o Brasil a partir de qualquer localidade do mundo. Saí também para aliviar as pressões injustas do MPF sobre um amigo”.

“No meu exílio estou freqüentando uma humilde igreja evangélica, com um pastor e membros muito humildes. Estou aproveitando meu exílio, como Martinho Lutero no Castelo de Wartburgo, para escrever o que Deus tem posto no meu coração”.

“Minha luta é contra a agenda gay, a agenda do aborto e a agenda socialista”.

“Minha luta é ajudar o Brasil a evitar o destino de Sodoma e Gomorra”.

Isso tudo é tão absurdamente ridículo e alheio a palavra de Deus que eu fico impressionado o quanto nos distanciamos dos padrões bíblicos. Como um embuste em forma de mensagem cristã tão clara pode ser aceito por tantas pessoas que professam seguir a Cristo, apesar de existirem 66 livros compilando o pensamento de Deus. Tantos obreiros genuínos da verdadeira e única causa de Cristo; “O Pai”, estão passando necessidade espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Tantos mártires genuínos estão nesse momento sofrendo prejuízos reais por seguir a Cristo, precisando de apoio, sofrendo a falta de tudo, e por tolice e relaxamento em conhecer o Senhor, os crentes desviam o sustento para as vedetes gospel que vivem de vitrine, que usam a fé como meio de ganho pessoal.

O que escrevo aqui, já escrevi no blog do Júlio Severo, em comentário a um ataque que ele tece sobre uma dirigente da Jocum. Desafie-o a provar biblicamente que sua “agenda” era biblicamente fundamentada. Para minha surpresa, descobri que Júlio faz uma severa filtragem aos comentários publicados em seu blog, liberando apenas uma porção de elogios e somente umas poucas considerações contrárias menos contundentes.

Acorda crente, só Cristo e Suas Palavras devem nos influenciar! Chega de seguir uns aos outros!

Roberto Aguiar

Fonte: Entrevista, “Cristianismo Hoje”


Postado por ETERNYZANTE às 11:14
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2 comentários:

cristiane siriguti3 de março de 2013 02:52
By Julio Severo:Mas Calvino também exige que a Igreja (e não apenas a sociedade leiga) cobre do Rei e dos Príncipes que esses sejam bons administradores dos bens concedidos por Deus. Para Calvino, a Igreja deve julgar o Estado e exigir que esse saiba resolver bem as questões de desigualdade social e exploração.
Mas posso citar muitos outros exemplos que, quando necessário, cristãos assumiram a responsabilidade da desobediência civil.
Quantos cristãos resistiram ao regime da escravidão?
Quantos cristãos desobedeceram às leis injustas de um Governo legitimamente estabelecido, mas que perseguia e oprimia ao próximo?
Quantos pastores se submeterão à lei defendida pela Marta Suplicy que confinou a pregação de temas contra o homossexualismo às dependências internas dos templos?
Quantos pais cristãos ficarão submissos ao Estado quando esse acusar seus filhos de homofóbicos, porque terão aprendido dentro de suas casas a Palavra de Deus?
Quantos abaixarão suas cabeças subservicientemente ao Estado, quando esse tiver legalizado a maconha, o aborto em todas as suas situações e não pudermos mais pregar sobre o pecado, a justiça e o juízo?
Sim! Para Calvino, o Estado e a Igreja eram coisas separadas, mas tinham uma mesma origem: Deus. Ambos, portanto, deveriam servir para a glória daquele de quem provém toda autoridade.
Além de Calvino, poderia citar também Lutero e muitos outros, mas faço questão aqui de lembrar do nome de Francis Schaeffer, que escreveu um livro maravilhoso sobre o papel do ativismo cristão, chamado “Manifesto Cristão”.
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cristiane siriguti3 de março de 2013 02:57
O discurso vazio de Roberto AguiarTodavia, em meio a hipocrisia de tantos que possuíam um discurso contraditório com suas vidas, aprouve ao Senhor levantar irmãos que se puseram contra o Estado, uma vez que uma igreja adormecida ou vendida ao mundo e sua filosofia não o fazia. Homens como o teólogo pastor alemão, Dietrich Bonhoeffer, que participou de um complô para assassinar Hitler.
Bonhoeffer é um exemplo, mas não é o único, daquilo que podemos chamar de ativista cristão, embora pessoas como ele sejam condenadas por Roberto Aguiar em seu artigo “O ativismo vazio de Julio Severo”, publicado por um blog calvinista .
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