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IRMAOS LUMIERE
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ÍNDIA, NO CONTINENTE ASIÁTICO. Atraindo milhões de turistas todos anos, a Índia já foi colónia britânica - embora os portugueses tenham chegado antes por lá, ainda no século XVI - e tem diversos …Mais
ÍNDIA, NO CONTINENTE ASIÁTICO.

Atraindo milhões de turistas todos anos, a Índia já foi colónia britânica - embora os portugueses tenham chegado antes por lá, ainda no século XVI - e tem diversos ícones mundialmente conhecidos. Quem nunca ouviu falar dos típicos elefantes de passeio, do chai (chá), do Taj Mahal (palácio muçulmano considerado uma das novas maravilhas do mundo), de Mahatma Gandhi (famoso líder pacifista), das sedas e tecidos coloridos, dos temperos e comidas exóticas, dos perfumes e incensos, das jóias raras, do riquexó (espécie de táxi puxado por força humana) e por aí vai?

O país também é bastante lembrado pela cultura hinduísta, manifestada nas animadas danças, músicas e na crença em muitos deuses – alguns estudiosos afirmam que existem centenas de milhares ou até milhões deles. Sem contar os sumptuosos templos e pontos sagrados de peregrinação espalhados pelo território nacional. Meditar à beira do Rio Ganges, em Varanasi, por exemplo, é hábito comum do povo local. Em geral, os indianos são alegres, calmos e adoram fazer negócios - ou melhor, vender seus variados produtos artesanais. Por isso, a dica é regatear (barganhar) para poupar rupias, a moeda local.

Apesar dos contrastes sociais, a Índia cada vez mais ganha espaço no grupo das principais economias emergentes do mundo. Tem se destacado, sobretudo, nas áreas de tecnologia e cinema. Conhecida mundialmente como Bollywood, em Mumbai, a indústria cinematográfica indiana é a que mais cresce no planeta: já superou até a pioneira Hollywood, tanto no número de produção de filmes, quanto de espectadores.

Uma pequena amostra dessa impressionante nação de mais de um bilhão (em Portugal se diz mil milhões) de habitantes, dezenas de idiomas e religiões é dada no triângulo de ouro, a rota entre a capital, Nova Déli, a linda Agra e Jaipur, no coração do estado do Rajastão.

Em Nova Déli há um encontro marcado com um cenário pluricultural, caótico e vibrante, misturando burocratas governamentais, jovens esperançosos e executivos de multinacionais. Barulhenta e com um tráfego urbano tão conturbado quanto as cidades ocidentais (nos piores dias), a cidade mantém espaços monumentais como a grande mesquita de Jama Masjid, o imponente Forte Red e uma vida quotidiana agitada, repleta de cafés, lojas e restaurantes, em Connaught Place.

O desértico Rajastão nos reserva paisagens maravilhosas e uma das cidades mais singulares do planeta, em Jaipur, com seus edifícios de paredes rosadas à sombra do esplendoroso Forte Amber.

Em Agra, duas grandes jóias da arquitetura deleitam os viajantes há séculos: o Forte Agra e o belíssimo Taj Mahal. Essa última em especial é uma daquelas obras que qualquer bom viajante deveria colocar como um dos dez destinos obrigatórios de uma vida.

Fora deste triângulo, podemos descobrir outros destinos como a hedonista antiga colónia portuguesa de Goa e os templos de Khajuraho, repletas de entalhes e esculturas eróticos. Outros centros de destaque são metrópoles que mudaram recentemente de nome, como Kolkata (a antiga Calcutá), Chennai (Madras) e Mumbai (Bombaim). Sobrou até para o entreposto de especiarias Calicute, agora conhecida como Kozhikode.

Por fim, nenhuma viagem à Índia é completa sem assistir ao nascer do sol às margens do rio Ganges, em Varanasi (Benares). Enfim, a Índia testa todos os nossos sentidos ao máximo, provocando sensações extremas e fascinação, paixão e desconfiança.