André Fillipe
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Bento XVI sobre o demônio

Bento XVI durante sua viagem ao Líbano em 2012:

“Devemos estar bem cientes de que o mal não é uma força anônima que atua no mundo de forma impessoal ou determinista. O mal, o demônio, passa através da liberdade humana, através do uso da nossa liberdade; procura um aliado, o homem: o mal precisa dele para se espalhar. E assim, depois de ter violado o primeiro mandamento, o amor a Deus, vem para perverter o segundo, o amor ao próximo. Com ele, o amor ao próximo desaparece, deixando o lugar à mentira e à inveja, ao ódio e à morte. Mas é possível não se deixar vencer pelo mal, e vencer o mal com o bem (…).

Somos chamados a esta conversão do coração; sem ela, as 'libertações' humanas tão desejadas decepcionam, porque se movem no espaço reduzido que lhes concede a mesquinhez do espírito do homem, a sua dureza, as suas intolerâncias, os seus favoritismos, os seus desejos de vingança e os seus instintos de morte. É necessária a transformação nas profundezas do espírito e do coração para reencontrar uma certa clarividência e imparcialidade, o sentido profundo da justiça e do bem comum”.