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Rainha da Paz
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"A Oração como encontro - Uma nova perspectiva de Vida" II Parte. Caríssimos irmãos, estamos nos aproximando de mais um fim de ano litúrgico, no próximo Domingo já entraremos no Tempo do Advento. …Mais
"A Oração como encontro - Uma nova perspectiva de Vida" II Parte.

Caríssimos irmãos, estamos nos aproximando de mais um fim de ano litúrgico, no próximo Domingo já entraremos no Tempo do Advento. Tempo em que a Igreja recorda da primeira vinda de Jesus, onde o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós e se prepara igualmente para sua segunda vinda. E hoje nos encontramos aqui para meditarmos, fazermos um checkup e vermos em que área da nossa vida precisamos mudar, e também nos reunimos para rezarmos e adorarmos o Senhor.

O tema deste retiro como vocês sabem é “A Oração como encontro – Uma nova perspectiva de Vida”. Este tema não é uma criação minha, ele já foi tratado por outro monge de mais notoriedade do que eu, cujo até um livro foi escrito. Anselm Grun, um monge beneditino alemão o trata de forma sucinta, buscando na herança monástica a base e o alimento para fundamentar este meio de alcançar a Deus na oração.

Pois bem, eu aqui não estarei preso àquilo que ele escreveu, veremos esta herança monástica, sim, mas estaremos caminhando sob a guia da Sagrada Escritura no qual nos revela Deus que quer se comunicar com o homem e traze-lo para junto de Si.

Santa Teresinha do Menino Jesus definia a oração como “elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”. Santo Agostinho nos recorda que para rezarmos é fundamental que tenhamos um coração humilde, pois a humildade é o fundamento da oração, ela é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus e a oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele.

A maioria das pessoas define a oração como “um falar com Deus”, “conversar com ele”. Portanto, é um dialogo do homem com o seu Criador e Pai. Não é que esta definição esteja errada, ela está correta o que precisamos ver, e aqui entra o meu parecer, é que este diálogo pode cair diretamente num certo monólogo. Dialogar com uma pessoa é diferente que dialogar com Deus. Quando converso com uma pessoa eu entro na esfera da fala, mas também sou convidado a participar da escuta. Na oração, o diálogo com Deus, este convite pode parecer algo impossível de perceber. Isto devido às problemáticas que o homem moderno enfrenta. O homem não está sendo educado para escutar, as conpulsividades do homem está levando-o a este submundo, onde ele fala, fala, diz palavras até de forma frenética, mas não sabe, infelizmente parar e escutar o outro. Se isto acontece entre os humanos, imaginamos quanto a Deus.