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jamacor
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Homilia Dom Rafael Bispo Emerito de Nova Friburgo, RJ. 04/12/2011. 2º Domingo do Advento, preparação para o Santo Natal. Bispo Dom Rafael Llano Cifuentes celebra Santa Missa Solene no Santuário de …Mais
Homilia Dom Rafael Bispo Emerito de Nova Friburgo, RJ.

04/12/2011.

2º Domingo do Advento, preparação para o Santo Natal.
Bispo Dom Rafael Llano Cifuentes celebra Santa Missa Solene no Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e ao final externa a sensação de celebrar pela primeira vez na única replica no Mundo da Capela das Aparições.

Qual foi a sua reação ao saber de sua nomeação como novo bispo de Nova Friburgo?

Olha, vou dizer uma coisa para você. Uma coisa muito pessoal, íntima. Eu sempre estive à disposição da Igreja. Sempre. Quando me perguntaram se queria vir ao Brasil, eu disse: “Estou disposto a ir onde for. Ao Congo, à China, ao Brasil, mas Brasil parece ser um país muito simpático.” E eu não sabia nem o português, nenhuma palavra em português. Vim ao Brasil, Deus me deu o cêntuplo por um. Depois, evidentemente, de 14 anos como bispo auxiliar do Rio de Janeiro, eu pensei: “Bom, algum dia poderei ser nomeado bispo diocesano”. Então, repeti durante muito e muito tempo uma jaculatória dos Salmos, que eu dizia em latim: “Nas tuas mãos, Senhor está a minha sorte”. Rezava, rezava, rezava. Eu sabia que estavam livres, as dioceses de Petrópolis e de Nova Friburgo. E eu dizia: “Senhor, eu sendo presidente do Leste 1, parece natural que eu fique no estado do Rio de Janeiro”. Então continuava: “Qual? Petrópolis? Nova Friburgo? Nas tuas mãos eu estou, Senhor!”
E vim para Nova Friburgo. E esta é a minha sorte! É a sorte que escolheu o Senhor para mim. Eu estou feliz! Estou muito feliz!

Com toda esta alegria, partilhe conosco sua expectativa de missão para esta diocese tão querida pelo senhor.

Eu penso que o de primeiro que eu preciso fazer é ocupar-me e dedicar-me com todo o meu coração aos meus irmãos sacerdotes. Um bispo sem os seus irmãos presbíteros não é nada. Evidentemente para ser padre é preciso passar pelo seminário. Então, o seminário tem que ser “a menina dos olhos” do bispo. Nós temos um seminário aqui, que está bem, mas que é pequeno e que não comporta todas as vocações que esperamos que venham. Um projeto meu que me parece preponderante é a construção de um novo seminário. Graças a Deus, a diocese de Friburgo tem um terreno magnífico que está sete minutos da cidade (de carro), mas que está mergulhado na floresta, numa paisagem fantástica. É mato, mas eu penso que de lá pode sair um maravilhoso seminário. Tenho o projeto de construir um seminário bom, que esteja à altura desta grande diocese, que comporte muitas e muitas vocações que, não tenho dúvida, hão de vir desta fervorosa diocese. Esse é um projeto.

Outro projeto. Eu penso como João Paulo II que a família, sendo a célula básica da sociedade é uma prioridade pastoral. Se cada família muda, se cada célula do organismo muda, muda também o organismo inteiro. Se nós conseguirmos evangelizar cada família, conseguiremos evangelizar a diocese inteira. Eu penso prestar uma atenção muito especial à Pastoral Familiar. Mas a Pastoral familiar está inserida num grande projeto evangelizador da CNBB que se intitula “Queremos ver Jesus: Caminho, Verdade e Vida”. Eu quero que todos vejam Jesus.Queremos que todos encontrem Jesus, de acordo com aquele pedido dos estrangeiros que vieram a Felipe dizer: “Queremos ver Jesus!”. Nós temos que ser como Felipe, o veículo para que todos vejam Jesus. “Queremos ver Jesus”, dizem eles, e nós queremos ver Jesus em todos. Ou seja, que a imagem de Jesus se reflita em todos os fiéis da diocese de Friburgo. Para isso é necessário desenvolver um grande trabalho evangelizador, uma autêntica missão popular que não seja uma missão temporária. Tem que ser uma missão permanente. Quer dizer: é preciso sair à rua. Nós não podemos esperar que venham à paróquia. O Santo Padre João Paulo II nos diz: “Avancem para águas mais profundas!” As águas mais profundas não são o salão paroquial, a sacristia. Nós não podemos ser “pescadores de aquário”, com uns “peixinhos”, aquela gente toda que vive em torno da paróquia. Temos que nos abrir, pensar em cada rua, em cad vila, sítio, pólo petrolífero, campo de lavoura. Que em cada lugar desse possa haver um círculo bíblico, uma comunidade de base, um grupo de oração. Nós temos que estar presentes na realidade social. Cada família é uma igreja doméstica. Mas essa igreja doméstica tem que ampliar-se, converter-se num foco de irradiação dos valores evangélicos. A missão popular que está agora proclamando a CNBB será também um plano pastoral de conjunto da nossa diocese, sem a menor dúvida. E com isso me refiro a tantas outras pastorais, como a catequese. Penso num plano pastoral ambicioso, orgânico que vamos nos empenhar a fundo para realizá-lo.

Como o senhor espera viver essa Celebração de Posse hoje à tarde?

Eu espero ter muita gente nesta Missa em que iniciaremos o nosso ministério pastoral. Espero que venha aproximadamente uns quinze bispos. Estará presente, se Deus quiser, o Núncio Apostólico, de Sua Santidade, Dom Lorenzo Baldisseri. Estará também Dom Eusébio Oscar Scheid e Dom Eugênio Sales. Esses dois cardeais serão como …