Inferno: os tempos mudaram?
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Imaginemos um teólogo em cujo espírito germinasse uma ideia nova sobre uma doutrina já consagrada e sempre ensinada na Igreja Católica, qual seja a da existência do inferno e de sua eternidade. Era de se supor que ele bem poderia colocar em risco seu futuro e cair no ostracismo.
Em não longínquo passado o ex-frei Leonardo Boff foi condenado pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé e reduzido ao silêncio por defender erros teológicos. Ele voltou a ensinar o erro ao afirmar, a respeito de um poeta pernambucano prestes a morrer, que Deus não condena ninguém para sempre.
Ora, a fé nos assegura que o fogo do inferno e os tormentos dos condenados são eternos. Não se trata de opiniões controvertidas entre os teólogos e estudiosos. A eternidade do inferno é uma verdade de fé que nenhuma autoridade pode mudar — nem sequer o Papa —, pois está expressa nas próprias Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
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