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LIVRO: O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO - CAPÍTULO V A CONDENAÇÃO DE LUTERO - Pe. Júlio Maria. O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO - ( PDF ) Áudio Português INTRODUÇÃO CAPÍTULO I O DESAPARECIMENTO …Mais
LIVRO: O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO - CAPÍTULO V A CONDENAÇÃO DE LUTERO - Pe. Júlio Maria.

O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO - ( PDF )
Áudio Português
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I O DESAPARECIMENTO DA IGREJA
1. Qual o mentiroso? 2. Asserção ridícula; 3. A santidade continua; 4. A mentira protestante; 5. Os protestos dos protestantes; 6. A obra de Jesus Cristo; 7. Conclusão.

CAPÍTULO II UM RETRATO AUTÊNTICO
1.Primeiros anos de Lutero; 2. A Vocação de Lutero; 3. Estudos Incompletos de Lutero; 4.Viagem a Roma; 5. Os dois grandes erros de Lutero; 6. Conclusão.

CAPÍTULO III A QUEDA DE LUTERO
1. O estado de alma e a conversão de Lutero; 2. Os escrúpulos de Lutero; 3. Conclusão.

CAPÍTULO IV A ENTRADA EM CENA
1. A questão das indulgências; 2. A declaração de Guerra; 3. Primeira reação da Igreja; 4. Lutero e o Papa; 5. A discussão de Leipzig; 6. Furores de Lutero; 7. Conclusão.

CAPÍTULO V A CONDENAÇÃO DE LUTERO
1. O desesperado; 2. Novas doutrinas heréticas; 3. A Bula de Condenação; 4. Os insultos de Lutero; 5. A excomunhão de Lutero; 6. Perante o Conselho de Worms; 8. Conclusão.

CAPÍTULO VI LUTERO EM WARTBURGO
1. A pretensa missão de Lutero; 2. Aparições do Diabo; 3. Tentações impuras; 4. A liberdade evangélica; 5. Saída de Wartburgo; 6. Fingimento hipócrita; 7. Conclusão.

CAPÍTULO VII SANGUE E LAMA
1. A guerra dos campônios; 2. Lutero e o povo; 3. Lutero autoridade; 4. Adversários do Reformador; 5. O feminismo de Lutero; 6. Raptores e raptadas; 7. Catarina de Bora; 8. O “casamento” de Lutero; 9. O “casamento” de Lutero; 7. Conclusão.

CAPÍTULO VIII OS ALICERCES DAS SEITAS PROTESTANTES
1. Os primeiro projetos; 2. Constituição do protestantismo; 3. Propaganda e Violência; 4. Adversários do reformador; 5. O monge e os fanáticos; 8. Os falsos amigos de Lutero; 7. Conclusão.

CAPÍTULO IX OS AUXILIARES DE LUTERO
1. O fogoso Zwínglio; 2. O iconoclasta Carlostadt; 3. O infame Calvino; 4. O sanguinário Henrique VIII; 5. Outros colaboradores; 6. Conclusão.

CAPÍTULO X ÚLTIMAS LUTAS DO REFORMADOR
1. Na fortaleza de Coburgo; 2. O ódio ao Papado; 3. Bigamia de Felipe de Hesse; 4. Louco ou possesso. 5. Conclusão.

CAPÍTULO XI ÚLTIMOS DIAS E MORTE DE LUTERO
1. O homem terrível; 2. Desgostos e remorsos; 3. Última viagem; 4. A morte misteriosa; 5. Outras opiniões; 6. O enterro de Lutero; 7. Conclusão.

CAPÍTULO XII A CONTRA REFORMA
1. O Concílio de Trento; 2. A sagrada Escritura e a tradição; 3. pecado Original; 4. A Justificação; 5. Os sacramentos em geral; 6. A eucaristia; 7.Penitência e Extrema Unção; 8. Ordem a Matrimônio; 9. Purgatório e indulgências; 10. O culto dos santos; 11. Decretos disciplinares; 12. Conclusão.

CAPÍTULO XIII OS SANTOS E A SANTIDADE
1. Os Papas; 2. As ordens religiosas; 3. Os santos dessa época; 4. Os sábios da época; 5. Conclusão.

CAPÍTULO XIV OS SUCESSORES DE LUTERO
1. Os Batistas; 2. Os presbiterianos; 3. Os metodistas; 4. Os quakers ou tremedores; 5. A fragmentação protestante; 6. Seitas, seitas, seitas; 7. Seitas excêntricas; 8. Conclusão

CAPÍTULO XV O PROTESTANTISMO
1.Julgados por si mesmos; 2. A sentença de morte; 3. Um morto ainda vivo; 4. O simulacro de religião; 5. A mixórdia protestante; 6. A moral protestante; 7. Conclusão.

CAPÍTULO XVI UMA VISTA GERAL
1. Grandes e grandes; 2. Lutero; 3. O grande erro; 4. A interpretação individual; 5. Retratações de Lutero; 6. Fatos significativos; 7. Juízo de um anglicano; 8. Conclusão

A CONDENAÇÃO DE LUTERO

Mesmo com todas as suas fanfarronadas e provocações, o “reformador” senti-se inquieto. Após se rebelar contra a Igreja, recorreu à ajuda dos grandes do seu tempo.

Em data de 23 de outubro de 1520 escreveu ao imperador Carlos V, dizendo-se desejoso de comparecer perante ele, COMO UMA PULGA perante o rei dos reis, soberano universal.

“Contra o meu querer, acentuou ele em sua carta, apresentei-me publicamente em cena; se cheguei a escrever algo, foi porque outros a isto me obrigaram pela força ou pelo embuste; jamais aspirei por outra coisa senão à solidão da minha cela... Mas há quase três anos estou exposto ao ódio dos outros, entregue a toda espécie de zombarias e perigos. Em vão imploro me perdoem; em vão prometo calar-me; em vão ofereço as condições de paz; em vão espero melhores instruções para mim.; lança-se todos sobre mim, com o fito de destruir o Evangelho inteiro”.

E, em situação tal, suplicava Lutero à autoridade civil “o defendesse, não a ele, desamparado e prostrado por terra, mas ao tesouro da verdade”...

Eis o pai dos protestantes, o “sublime Lutero” implorando, submisso e cheio de bajulação, a proteção dos potentados da terra. Em suas expressões sente-se a hipocrisia do herege, a obsessão do doente, e, sobretudo, o remorso duma consciência que não cala.

Em cartas subsequentes, segundo as circunstâncias, chegou ele a atacar o poder, abandonando a sua situação de POBRE PULGA, para se transformar num TIGRE FURIOSO, pretendendo assaltar a Igreja e a sociedade, e tudo destruir e esmagar. Percorramos a vida de Lutero, nesta nova fase.

1. O DESESPERADO

Sobre a sua cabeça em ebulição Lutero sentiu pesar a excomunhão da Igreja.

Como já ficou dito atrás, pressentiu ele, antes de tudo, ser-lhe urgente destruir na opinião pública o receio provocado por aquele castigo oficial e supremo da autoridade.

Para lograr o seu intento, começou, então, a pregar abertamente contra a mencionada pena, apresentando-a, não como temível, mas propalando-a desejável.

“Tal castigo”, exclamou ele, “não separa da comunhão dos cristãos; antes, é de grande mérito perante Deus que abençoa duplamente ao que vem a falecer nesta injusta maldição”.

No entanto, malgrado bravatas deste porte, Lutero padecia de terrível inquietação.

As universidade de Lovaina e Colônia se declararam contra ele, enquanto o processo correia. O Dr. Eck reunira os documentos da discussão de Leipzig, com outras provas de heresias, e levara tudo a Roma.

Exasperado, Lutero escreveu então um panfleto incendiário, dirigido à nobreza alemã, tratando dos melhoramentos do estado cristão.

Em termos furiosos ele expôs como, a seu ver, o papado pecou contra a nação germânica e contra a Igreja. Em 25 capítulos abordou ele o assunto dos abusos eclesiásticos, já por outros apontados com mais calma e ponderação (*).

Afinal, “era um simples plágio”.

Ao finalizá-lo, fervendo em ódio e sedento de vinganças, levantou os olhos ao céu, e exclamou: “Ó Cristo, meu Senhor, olhai para a terra, fazei raiar o último dia e destruí o ninho diabólico de Roma”. Estava lançada a declaração de guerra, com que pretendia lrevoltar o povo alemão em peso contra a Igreja de Cristo.

(*) - Gravamina: Onus Ecclesiae; Perstinger: De planctu Ecclesiae; De ruína Ecclesiae, etc...

2. NOVAS DOUTRINAS HERÉTICAS

Logo se pôs Lutero a fabricar um tratado DOUTRINAL da sua “reforma”, justificando que, assim como outrora haviam os judeus sido libertados da escravidão por Moisés, iria ele, então, livrar os povos cristãos da servidão babilônica.

O novo libelo foi intitulado: “Da escravidão babilônica”; nesta exposição Lutero liquidou completamente com o Papa, com a hierarquia e com a Igreja visível. Lutero reduziu a três os

sacramentos: batismo, confissão e ceia, considerando os dois últimos como uma coisa grotesca, sem caráter obrigatório.

Falando sobre a Eucaristia, ensinava que na Sagrada Hóstia não permaneciam apenas as aparências, mas até a própria substância do pão, de sorte que não há propriamente a TRANSUBSTANCIAÇÃO ou mudança da substância de pão na do corpo de Jesus Cristo, como o ensina a Igreja, mas se dá uma espécie de “empanação” em virtude da qual a substância do corpo de Nosso Senhor está presente na hóstia consagrada, conjuntamente com a substância do pão, o que se poderia chamar: consubstanciação ou duas substâncias sob uma só aparência.

Conforme a nova doutrina, a Santa Missa não é mais um sacrifício; o direito de impor mandamentos ou fazer votos opõe-se à liberdade eclesiástica; o celibato deve desaparecer e a Igreja, com suas prescrições a respeito do matrimônio torna-se culpada de adultério.

O conteúdo deste novo Evangelho pode resumir-se nestas palavras do reformador: “Nem o Papa, nem o Bispo, nem homem algum tem direito de impor a um cristão uma vígula sequer, sem que este o consinta”

Como é patente, tal modo de falar traz completa destruição de toda autoridade, a anarquia no governo e a rebelião no povo.

Lutero não raciocina mais. É um mísero possesso ou, melhor, um desequilibrado.

3. A BULA DE CONDENAÇÃO

Era tempo de agir, p0ois não havia mais esperança de pacificação. Lutero queria a guerra.

Em fins de abril de 1520 uma Comissão de Cardeais e teólogo, presidida pelo Papa Leão X, redigiu a Bula de condenação, publicada em 15 de junho do mesmo ano. É a Bula: EXURGE, DOMINE, composta de três partes; a primeira tratando dos ERROS; a segunda dos ESCRITOS e a terceira, da PESSOA do excomungado.

Em 41 asserções foram compreendidos os erros do herege, acerca da justificação e da autoridade da Igreja.

Sobre os escritos heréticos ficou declarado deverem ser queimados em toda a parte onde houvessem sido difundidos.

Quanto à pessoa de Lutero, a Santa Sé não promulgava ainda castigo algum, desejando deixar-lhe tempo e oportunidade de reconhecer os erros e poder retratá-los.

O aviso do Pontífice é paternal e conciliador; é sem razão que os protestantes reclamam contra a aspereza do tom desta Bula.

Eis o que disse Leão X neste documento: “Tomando como exemplo a vontade de Deus que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva, nós queremos esquecer todos os insultos lançados contra nós e contra a Sé Apostólica.

Estamos resolvidos a exercer a maior indulgência possível, e, enquanto depende de nós, levaremos a coisa de maneira tal que o culpado se levante, se converta de coração e retrate os erros indicados e que, voltando ao seio da Igreja, tal o pródigo do Evangelho, possamos recebê-lo com alegria.

Avisamos, pois, ao culpado e aos seus partidários de todo o coração, pelo amor e misericórdia de Nosso Senhor Deus e pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem foi resgatada a …